Dark Dealer: o futuro já começou!
Por:
Eldon Clayton
Diretor Inteligência e Tecnologia
Sócio Fundador da Consultoria 7
Se você está ligado nas tendências tecnológicas, é muito provável que você já tenha ouvido falar em Dark Kitchen.
Essa tendência tem atraído cada vez mais donos de restaurantes que deixam de lado os estabelecimentos tradicionais abertos ao público, concentrando-se apenas no delivery.
Esse modelo ganhou impulsionamento com a pandemia. Mais pessoas em casa, menos pessoas na rua, munidos de smartphones e fazendo pedidos em restaurantes que sequer estão abertos ao público passante. Mas você pode estar se perguntando: o que exatamente uma “cozinha fantasma” tem a ver com o segmento automotivo? É aí que te apresento o conceito Dark Dealer.
O setor automotivo é ávido por mudanças. Além disso, é normalmente um dos primeiros que absorve as adaptações, como aquelas surgidas no contexto de pandemia, predominante entre 2020 e 2021, impulsionando as concessionárias no ambiente digital. Ainda não há um modelo exato a ser seguido, mas garanto que é um caminho paralelo ao tradicional.
Cada vez mais, os compradores de veículos recorrem à internet para pesquisar os modelos à venda, encontrar vendedores e até mesmo finalizar a compra de veículos. O movimento de facilitação, mediado pelas ferramentas online iniciado durante a pandemia, permanece como tendência.
Dados do portal OLX mostram que a média de anúncios de carros veiculados online aumentou em 31% nos anos de 2021 e 2022. Isso demonstra que o público não está enfrentando barreiras para encontrar oportunidades nesta forma de pesquisa e tomada de decisão.
Significa que os Dark Dealers irão acabar com as concessionárias de portas abertas? É claro que não! Assim como as Dark Kitchens não mataram os restaurantes tradicionais. Mas como bons observadores que somos, não podemos ficar alheios às mudanças.
Como operar como um Dark Dealer?
Uma das primeiras empresas a adotar esse tipo de relação com o consumidor foi a Tesla. Além de Dark Dealer, adota o modelo Direct-To-Consumer, vendendo seus carros diretamente para os consumidores finais, sem usar as tradicionais concessionárias de automóveis.
Esse modelo traz bastante benefícios para o Dark Dealer. A saber:
- Redução de custos com infraestrutura e manutenção do espaço;
- Menos burocracias para manter o negócio e contratar colaboradores;
- Amplo alcance de clientes, para além do raio local;
- Prospecção da marca pela força da presença digital;
- Facilidade operacional, por meio de tecnologias avançadas de gestão;
- Flexibilidade de adaptação, mapeando com agilidade as tendências do mercado;
- Tomadas de decisão assertivas, com o acesso a dados concretos e periódicos;
- Credibilidade frente ao cliente, oferecendo uma experiência de negociação facilitada.
Uma outra possibilidade é ter um negócio híbrido. Ou seja, aproveitar a estrutura física em um determinado local e operar um ponto Dark Dealer em outro. De qualquer maneira, em ambas as situações, seja uma concessionária de portas abertas ou uma “concessionária fantasma”, é imprescindível contar com ferramentas tecnológicas e estratégias digitais.
Um site responsivo (que se adapta aos diferentes tipos de telas) e que funcione, campanhas tagueadas (monitoradas com dados) de anúncios nas redes sociais (Facebook, Tik Tok, Instagram…) e no Google, software de CRM integrado às campanhas e utilizado corretamente por toda a equipe, tanto de leads quanto de vendas, operação customer-centric, focada na experiência do usuário no pré, durante e pós-venda… Esses são alguns dos pré-requisitos para qualquer modelo de negócio, seja tradicional ou digital.
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