Quem está consumindo o que você diz?
Como os públicos se comportam perante uma mesma marca em diferentes regiões ou países é fator decisivo durante o planejamento estratégico do marketing digital automotivo.
O primeiro passo para começar o trabalho de marketing digital automotivo, depois de um diagnóstico, é definir o público-alvo. Apenas com ele será possível criar estratégias mais assertivas e criar um “laço” com o público que irá consumir seu conteúdo nas redes sociais.
Público-alvo é um grupo de pessoas ou organizações com perfil parecido em relação aos hábitos de consumo e com o pensamento semelhante ao negócio da marca. Ele ainda não é considerado cliente, mas pode se tornar consumidor e defensor da marca.
Os fatores que mais influenciam o comportamento desses grupos, quando se trata de hábitos de consumo são, por exemplo:
Cultural: Valores, percepções, preferências e comportamentos definidos pelo grupo social em que vive, aqui inclui-se a classe social.
Social: Grupos que influenciam os sentimentos, os pensamentos e até mesmo os comportamentos. Podem ser informais (como família, amigos, vizinhos e colegas de trabalho) e formais (sociedades religiosas, sindicatos e outras representações de categorias profissionais).
Pessoal: Idade, ocupação, condição econômica, estilo de vida e personalidade.
Psicológico: Motivação (o desejo que leva a pessoa a consumir), percepção (a forma como o indivíduo seleciona, estrutura e entende as informações recebidas), aprendizagem (o conhecimento vindo de experiências anteriores que pode provocar mudanças de comportamento), crenças e atitudes (o posicionamento negativo ou positivo diante das escolhas).
Ok, você já definiu a proposta do seu produto e como deseja apresentá-lo ao mundo, o próximo passo é entender como funciona a cabeça das pessoas que deseja atingir. Para isso, é preciso responder à algumas perguntas básicas para traçar o perfil do seu comprador. São elas:
- O que ela pensa e sente?
- O que ela vê e ouve?
- O que ela fala e faz?
- Quais são seus medos e frustrações?
- Quais são seus verdadeiros desejos e necessidades?
Lembre-se que as montadoras sempre tem esses estudos disponíveis, eles ajudam muito no set up de uma campanha. Público definido! Agora chegou a hora de dar start nos anúncios e esperar os leads chegarem, certo? Sim e não.
Claro que com o conhecimento de quem será o seu futuro cliente as campanhas podem começar a ser desenhadas, mas no meio do caminho pode ser que alguns ajustes sejam necessários e aí que entra o fator Subcultura, que é composto por religiões, grupos raciais, regiões geográficas, etc. Esse novo fator pode fazer com que o mesmo público aja de forma diferente.
Trouxemos o exemplo de duas marcas que atendemos, em regiões diferentes do Brasil, com o perfil consumidor bem específico e fiel.
Lexus
– Público A, a elite tradicional
– Proposta: Trazer perfeição, ser líder em inovação tecnológica, pelo design refinado, pela qualidade artesanal do acabamento de seus carros e pelo excepcional nível de serviço oferecido aos seus clientes.
De acordo com um estudo realizado pela Lexus, o consumidor de luxo que se interessa por um mix de produtos e culturas tradicionalmente de origem estrangeira do mercado brasileiro é um consumidor eclético, que mescla:
– Estilo de vida norte-americano
– Cultura européia
– Valores nativos do Brasil
A diferença entre dois públicos pode estar no modo em que ela age nas redes sociais (comportamento), na sua dinâmica de consumo (interesses), e como citado anteriormente, também pode estar na sua faixa etária e localização. No box acima, podemos observar que o público da Lexus em Brasília é mais jovem do que em Goiânia, apesar de compartilharem dos mesmos interesses.
Por esta razão, devemos sempre nos perguntar: Como o nosso público se comporta nas redes sociais? Assim, além das estratégias de Marketing Digital se tornarem mais assertivas, teremos a exibição dos anúncios feita para as pessoas que curtem as páginas de seus concorrentes ou outras empresas que atinjam esse público-alvo.
Suzuki
– Público A e B
– Proposta: Fazer parte da emoção de seus clientes com a tecnologia para atender às mudanças de estilos de vida.
Diferentemente do caso Lexus, no qual o consumidor é movido pela exclusividade e personalização no atendimento, além de prezar por produtos que sejam fortes em design, inovação e sofisticação, o público da Suzuki possui um outro tipo de comportamento: buscam por tradição, durabilidade e elegância como fatores essenciais para seu consumo. Buscam produtos que representem o seu lifestyle.
O modelo Jimny representa exatamente esse estilo de vida, sendo o carro-chefe da marca, reconhecido mundialmente desde 1970.
No final das contas…
Temos que nos atentar a muitos detalhes? Sim. Temos que conhecer um pouco da mente humana? Sim. Pode até parecer ser muito trabalho, mas nada melhor do que ver o lead caindo no sistema, o cliente sorrindo ao receber a chave do carro ou o comentário de agradecimento pela realização de um sonho.
Vender um carro não é apenas vender um produto. O seu esforço e trabalho impacta diretamente a vida do consumidor. Por isso, conheça seu produto, mas o mais importante: conheça seu cliente!